sexta-feira, 11 de março de 2016

INTRODUÇÃO, MITO E FILOSOFIA ANTIGA I

(Um resuminho com questões que passei em sala de aula. Em breve posto gabarito e alguns comentários)

RESUMO

filosofia é uma junção de duas palavras gregas: philos (amizade, amor..) + sophia (sabedoria."[1]

PLATÃO (428/427 a.C.– 348/347 a.C.) - “Um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos”

ARISTÓTELES (384 a.C. - 322 a.C.) - "A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante."

ESPINOZA (1632-1677) – “a filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.”

KARL MARX (1818-1883) - “a filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora de conhecê-lo, para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos.”

FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900) - "...filosofia, tal como até agora a entendi e vivi, é a vida voluntária no gelo e nos cumes - a busca de tudo o que é estranho e questionável no existir, de tudo o que a moral até agora baniu."

LUDWIG WITTGENSTEIN (1889-1951) - "Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro."

MAURICE MERLEAU-PONTY (1908-1961) - "A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo.” “...a filosofia é um despertar para ver e mudar nosso mundo."

A biologia nunca dirá a um biólogo como se deve viver nem se deve, nem mesmo se deve fazer biologia. As ciências humanas nunca dirão o que a humanidade vale, nem o que elas mesmas valem. Por isso é necessário filosofar: porque é necessário refletir sobre o que sabemos, sobre o que vivemos, sobre o que queremos, e porque nenhum saber basta para empreender essa reflexão nem nos dispensa dela.”[2]

"Definição" - é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Conhecida por           estimular o pensamento lógico e crítico.
Pretende - construir concepções abrangentes de mundo
Ramificações - epistemologia, ontologia, ética, metafísica, filosofia social, filosofia política, estética, lógica.
- A filosofia antiga se estende do século VI aC até o século VI dC, aproximadamente. Pode ser dividida em quatro períodos: Cosmológico[3], antropológico, sistemático e helenístico.

- Fatores que colaboraram para o surgimento do pensamento filosófico na Grécia Antiga[4]: I. intercâmbio com outros povos; II. enfraquecimento dos mitos; III. surgimento da vida urbana; IV. surgimento da política.

-Os principais filósofos pré-socráticos[5] (e suas escolas) foram:
·  Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
·  Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
·  Escola Eleática: Xenófanes, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia e Melisso de Samos.
·  Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
·  Escola eclética: Diógenes de Apolônia, Arquelau de Atenas.
(também chamados naturalistas ou filósofos da physis - natureza)

QUESTÕES
01. (ENEM-2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas, em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
O que, de acordo com Nietzche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?
a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

02 - (ENEM-2010) Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evita-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia. Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em 28 ago. 2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
A) "Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo." Jean Paul Sartre
B) "Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser." Santo Agostinho
C) "Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte." Arthur Schopenhauer
D) "Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo." Michel Foucault
E) "O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança." Friedrich Nietzsche

03 - O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras vezes, postos sob suspeita. Uma visão acerca do filósofo é que ele divaga e se perde em reflexões sobre questões abstratas, que nada têm a ver com o cotidiano das pessoas. Em relação à natureza e à finalidade da filosofia, é correto afirmar que elas consistem
A) em um esforço intelectual, em termos gerais, para se interpretar o mundo e os eventos, compreender o próprio homem e iluminar o agir que dele se espera.
B) em um consenso entre os cientistas, porque, na investigação filosófica, o filósofo não verifica suas hipóteses, baseando-se na observação empírica, e, portanto, a filosofia não contribui para o progresso do conhecimento.
C) na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade do filósofo e, nessa medida, a filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na orientação da vida moral e política, proporcionando o bem viver.
D) em teorias que se contradizem, ao longo da sua história, pois os filósofos discordam de tudo e uns dos outros, de modo que o pensamento crítico próprio da filosofia é o de pôr em dúvida toda afirmação, jamais chegando a conclusões.
E) no respeito ao mero “pensar” ou do saber viver virtuosamente, segundo os critérios morais dos grandes líderes da humanidade, sendo esse, propriamente dito, o sentido categórico da filosofia.

04. - Em relação ao mito, identifique com V as afirmativas verdadeiras e, com F, as falsas.
( ) Nas sociedades primitivas, o mito nasce do desejo de dominação do mundo, para afugentar o medo e a insegurança.
( ) O homem, à mercê das forças naturais, que são assustadoras, passa a emprestar-lhes qualidades emocionais.
( ) É a primeira forma que o homem utiliza para dar significado ao mundo.
( ) Fundado no desejo de segurança, o mito é uma narrativa que conta histórias que tranquilizam os seres.
( ) Faz parte do desenvolvimento do pensamento reflexivo e do pensamento científico. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
A) V F V F V            B) F V F V F      C) V F V F F                        D) V V V V F         E) F V F V V

05. (ENEM-2014) Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos. “não tenho nenhuma dúvida que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado da qui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável ao mundo”. CONNOR, S. Disponível em : www.independent.co.uk Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado)
A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
A) Refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.
B) Legitimar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais do planeta.
C) Relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.
D) Legalizar, pelo o uso das técnicas de clonagem, os
 processos de reprodução humana e animal.
E) Fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para o uso em seres humanos.


06. (ENEM-pll-2014) A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constitui- ção do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia – Iracema – e o colonizador português Martim Soares Moreno. DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).
A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras
A) combinam folclore e cultura erudita em seus estilos estéticos.
B) articulam resistência e opressão em seus gêneros literários.
C) associam história e mito em suas construções identitárias.
D) refletem pacifismo e belicismo em suas escolhas ideológicas.
E) traduzem revolta e conformismo em seus padrões alegóricos.

07. (CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público) A respeito da filosofia antiga, julgue o próximo item: De acordo com os sofistas, o direito natural não se fundava na natureza racional do homem, mas, sim, na sua natureza passional, instintiva e animal. (__) Certo                        (__) Errado

08. (EDITORA SARAIVA) A cosmologia, tentativa de compreensão racional da natureza, está nas origens da atividade filosófica. Com Parmênides (530-460 a.C.), surge uma nova área do saber filosófico, a ontologia, que é corretamente definida como:
A) o estudo racional das relações entre os objetos naturais na composição mais ampla do cosmos.
B) o estudo do ser humano em sua natureza mais profunda, abandonando-se, então, as preocupações cosmológicas.
C) o estudo do ser, da essência última das coisas.
D)  o conhecimento sistemático da aparência dos seres.

09. (EDITORA SARAIVA) Tales de Mileto é tradicionalmente considerado o primeiro filósofo. Com ele, inaugurava-se um tipo de explicação sobre a origem do mundo, que chamamos cosmologia. É característica principal da cosmologia:
A) a tentativa de explicar racionalmente o surgimento do cosmos, baseando-se nos fenômenos naturais e sem recorrer a supostas ações de forças sobrenaturais.
B) a explicação sobre a origem de mundo a partir das ações combinadas dos deuses cultuados pela religiosidade popular.
C) a aceitação de todas as informações provenientes da tradição cultural na tentativa de justificar as regras sociais.
D) a simples reprodução racional dos conteúdos criacionistas contidos na tradição mitológica oriental.

10. (Fundação Escola Bosque - PA - UNAMA - 2008) Várias condições históricas favoreceram o nascimento da Filosofia na Grécia Antiga. Dentre elas, é correto afirmar:
A) A expansão do império macedônico, o fim da guerra de Tróia e a descentralização do poder político de Atenas.
B) As grandes invenções da época, tais como: a invenção da escrita alfabética, do telescópio e da bússola.
C) As viagens marítimas que colocaram os gregos em contato com os conhecimentos produzidos por outros povos, sobretudo com as culturas mais avançadas do Oriente.
D) Os acontecimentos políticos que introduziram um aspecto novo e decisivo: a participação dos escravos, estrangeiros e mulheres na vida pública.

11. (Unesp 2012)  Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é.
(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,
(A) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.
(B) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra.  
(C) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica.
(D) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.  
(E) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam.

12. (IFSP 2011)  Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte:
(A) A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo.
(B) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência. 
(C) Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens. 
(D) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico. 
(E) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência. 

13. (Ueg 2010)  A Grécia foi o berço da filosofia, destacando-se pela presença dos filósofos que pensaram o mundo em que viveram utilizando a ferramenta da razão. O período da história grega e o filósofo que afirmou que “só sei que nada sei” foram respectivamente o
(A) período pós-clássico e Sócrates.
(B) período helenístico e Platão.
(C) período clássico e Sócrates.
(D) período clássico e Platão.

14. (Saraiva - Caderno de Competências) Então Heráclito (c. 535-475 a.C.) acha que as coisas que temos ante nós não são nunca, em nenhum momento, aquilo que são no momento anterior e no momento posterior; que as coisas estão mudando constantemente; que quando nós queremos fixar uma coisa e definir sua consistência, dizer em que consiste esta coisa, ela já não consiste no que consistia um momento antes. MORENTE, M. García. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1967.
[Para Parmênides (c. 510-470 a.C.),] o ser não tem um “passado”, porque o passado é aquilo que não existe mais, nem um “futuro”, que ainda não existe, mas é “presente” eterno, sem início nem fim. Por conseguinte, o ser é também imutável e imóvel, porque tanto a mobilidade quanto a mudança pressupõem um não ser para o qual deveria se mover ou no qual deveria se transformar. REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 1930. v. 3.
A respeito dessas duas sínteses dos pensamentos dos filósofos gregos Heráclito e Parmênides, é possível afirmar que:
A) são concordantes em que o ser não possui atributos fixos, sendo impossível descrevê-lo.
B) são concordantes em que o ser não se altera ao longo do tempo, existindo eternamente com propriedades fixas.
C) são complementares, uma vez que Parmênides apenas desenvolve o pensamento de Heráclito inscrevendo o não ser como passo fundamental para a existência das coisas.
D) são discordantes em relação à possibilidade de pensar um ser fixo e imutável (Parmênides) e um ser que se transforma continuamente e nunca é o mesmo (Heráclito).
E) são discordantes em relação à existência do passado, que para Heráclito é uma ilusão e para Parmênides, um atributo essencial das coisas.


Busque mais informações sobre o assunto, pesquise, vá atrás, é seu ano, sua história, tire dúvidas conosco, estude muito... transforme essa fagulha de existência em um incêndio de vida... Lembre-se das palavras de Friedrich Nietzsche: "A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo".[6]
                       



[1] Os gregos antigos usavam a palavra philos (ou philia) como sinônimo de ‘gostar de algo’, ‘sentir atração por algo’, ‘nutrir amizade’ ou ‘amor por alguma coisa’. Às vezes, philos também significava ‘sentir falta de’, ‘querer buscar algo’. Sophia quer dizer o conhecimento, a sabedoria. Filosofar é amar, buscar a sabedoria e o conhecimento Dicionário Etimológico, Disponível em www.dicionarioetimologico.com.br/filosofia/
[2] COMTE-SPONVILLE. André. 1952-. Apresentação da filosofia; tradução. Eduardo Brandão. - São Paulo : Martins Fontes. 2002. p. 13
[3] Fase do pensamento filosófico grego conhecida como cosmologia porque seus principais pensadores detinham-se na busca da explicação para todas as coisas no cosmos (do grego, κόσμος - COSMO -="cosmos"/"ordem"/"mundo"/"universo" + -λογία - LOGIA - ="discurso"/"estudo")
[4] "A Filosofia é pluriversal; não faço coro com a leitura hegemônica de que filosofar seja universal e tenha sido uma invenção grega. Neste sentido, não reivindico que os africanos inventaram a Filosofia. Eu advogo que o Egito, desde 2780 antes da Era Comum, tem uma produção filosófica e possuía escolas de rekhet, termo que, segundo o egiptólogo e filósofo Theóphile Obenga, significa “Filosofia”. Não há dúvida de que Platão, Pitágoras e Tales de Mileto, dentre outros gregos, passaram algum tempo no Antigo Egito. Diversas fontes convergem para a tese de que Pitágoras (570-496 A.E.C) foi o primeiro a usar o termo “Filosofia” depois de retornar do Egito. Diógenes de Laércio e Cícero são fontes importantes dessa perspectiva bastante conhecida. Há um discurso crítico que atribuiria aos gregos uma espécie de plágio da Filosofia egípcia. Eu não defendo isso, tampouco a ausência de influência. É óbvio que todas as culturas são dinâmicas. Eu não defendo que os egípcios inventaram a Filosofia, o que eu digo é mais simples: os textos egípcios são filosóficos e mais antigos do que os gregos." (Leia a matéria completa em: Afroperspectividade: por uma filosofia que descoloniza - Geledés http://www.geledes.org.br/afroperspectividade-por-uma-filosofia-que-descoloniza/#ixzz41N3UZYsb)
[5] Sócrates é como um divisor de águas na Filosofia Antiga, tanto que os filósofos anteriores a ele são tradicionalmente chamados de pré-socráticos.
[6]W.R.S.S.

2 comentários:

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